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“Perene” ganhou o Prémio Curtas Esclerose Múltipla 2017

A curta “Perene”, de Ana Luísa Braga e Gisela Martins, alunas da Escola Superior de Teatro e Cinema, foi a grande vencedora na categoria “Escolha do Júri” do Prémio Curtas Esclerose Múltipla 2017, cuja cerimónia de entrega de prémios decorreu dia 24 de maio, no Cinema São Jorge, em Lisboa.
“Preso ao meu próprio corpo”, a curta realizada pelos artistas amadores Cristiana Vieitas, Gisela Queirós e Pedro Santos, ganhou na "Escolha do Público", adquirindo o maior número de votos no site www.premioemcurtas.pt. A Escolha do Júri recebe um prémio no valor de 2.000 euros e a Escolha do Público recebeu um prémio de 1.500 euros.
"As nossas principais motivações com a realização deste trabalho foram divulgar a doença para o público em geral", disseram os autores da curta "Preso ao meu próprio corpo” após a entrega do prémio da categoria “Escolha do Júri”.
As nossas principais motivações com a realização deste trabalho foram divulgar a doença para o público em geral.

Já a equipa vencedora do prémio “Escolha do júri” não conhecia de todo a EM: “Ficámos a conhecer a doença precisamente com este projeto. Sabíamos da sua existência mas não tínhamos um conhecimento aprofundado das suas condicionantes.”
Ficámos a conhecer a doença (EM) precisamente com este projeto. Sabíamos da sua existência mas não tínhamos um conhecimento aprofundado das suas condicionantes.

“Perene”, que “foi filmada acompanhando a rotina de uma pessoa afetada pela doença e com dificuldades motoras visíveis causadas pela mesma, deu-nos a oportunidade de observar mais de perto a realidade de um doente com EM”, descreveram Ana Luísa Braga e Gisela Martins, autoras da curta. “Embora saibamos que é uma doença que se manifesta de formas variadas de pessoa para pessoa e que nem todos os casos são tão complexos, conhecer a realidade do Pedro fez-nos querer abordar o projeto de um ponto de vista mais estético, de forma a que quem visse a curta tivesse uma perceção visual imediata das suas limitações diárias”.
Embora saibamos que é uma doença que se manifesta de formas variadas de pessoa para pessoa e que nem todos os casos são tão complexos, conhecer a realidade do Pedro fez-nos querer abordar o projeto de um ponto de vista mais estético, de forma a que quem visse a curta tivesse uma perceção visual imediata das suas limitações diárias.
“Usa a cabeça para falar sobre uma doença que mexe com o cérebro” é o mote deste concurso lançado pela Novartis, em parceria com o Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA), que desafia jovens, entre os 18 e os 35 anos, a fazer uma curta sobre Esclerose Múltipla promovendo um maior conhecimento sobre a doença. Dirigido a estudantes das áreas do cinema e audiovisual ou amadores com o gosto pela área cinematográfica, o Prémio incentiva os jovens participantes a realizar curtas-metragens que abordem o tema, mostrando como é viver com Esclerose Múltipla.
Os filmes "Hera", de Pedro Gomes, Afonso Vieira, Pedro Teixeira, Afonso Folgosa e António Torgal, da Universidade Lusófona de Lisboa, e "Tempo" de Catarina Rocha, da Universidade Lusófona do Porto, foram distinguidos com uma menção honrosa no Prémio Curtas Esclerose Múltipla.

O filme "É a Vida", de Luciana Bonfim Ferreira, da Universidade Lusófona do Porto, também ganhou uma menção especial do júri.

A avaliação dos 22 trabalhos a concurso esteve a cargo do júri composto por Mário Gabriel Bonito, representante do ICA; Cristina Campos, Diretora Geral da Novartis; Gonçalo Galvão Teles, realizador português; Teresa Tavares, atriz portuguesa; Joaquim Pinheiro, médico neurologista; e representantes das três Associações de Doentes com Esclerose Múltipla: ANEM, SPEM e TEM. Os critérios de avaliação dos filmes são a promoção do conhecimento sobre a doença e o seu impacto nas esferas pessoal e social, bem como a capacidade de sensibilizar a opinião pública, chamando a atenção para a esclerose múltipla.
Sobre a Esclerose Múltipla
A EM afeta cerca de 5.000 portugueses[1]. Em todo o mundo são mais de 2,3 milhões de pessoas[2] com esta doença inflamatória crónica do sistema nervoso central que se manifesta em jovens adultos, entre os 20 e os 40 anos de idade, e que interfere com a capacidade do doente em controlar funções como a visão, a locomoção, e o equilíbrio. As mulheres têm duas vezes mais probabilidades de desenvolver EM do que os homens[3],[4].
A EM tem um impacto significativo na qualidade de vida dos doentes e das suas famílias[5],[6]. Mais de 90% das pessoas com EM queixam-se de fadiga, constituindo um dos sintomas com maior impacto na qualidade de vida e produtividade dos doentes.[7]
Referências
1 http://www.anem.org.pt/menu-anem/esclerosemultipla.htm
2 Multiple Sclerosis International Federation. What is MS) [online]. Available at: http://www.msif.org/about-ms/what-is-ms/. Accessed Feb 2015.
3 Compston A, Coles A. Multiple sclerosis. Lancet 2002;359(9313):1221-1231.
4 Confavreux C, Aimard G, Devic M. Course and prognosis of multiple sclerosis assessed by the computerized data processing of 349 patients. Brain 1980;103(2):281-300.
5 Riazi A, Hobart JC, Lamping DL, et al. Using the SF-36 measure to compare the health impact of multiple sclerosis and Parkinson's disease with normal population health profiles. J Neurol Neurosurg Psychiatry 2003;74(6):710-714.
6Aronson KJ. Quality of life among persons with multiple sclerosis and their caregivers. Neurology 1997;48(1):74-80.
7 Multiple Sclerosis International Federation. http://www.msif.org/wp-content/uploads/2014/09/MS-in-focus-19-Fatigue-En.... Accessed Feb 2015.